Diálogo sobre a construção do Abrigo Institucional
Na tarde da última sexta-feira (9) a Prefeitura Municipal recebeu órgãos de proteção à criança e ao adolescente e a comunidade para debater a construção de uma sede própria para o abrigo institucional. O evento foi mais uma oportunidade para todos
os entes exporem sua visão sobre o assunto e buscar as melhores soluções, juntos.
O prefeito municipal, Antonio Tomazini, abriu os trabalhos expondo que a necessidade de se acolher com responsabilidade, seguranças e carinho as crianças que passam por situações de vulnerabilidade é grande. “Enquanto sociedade devemos abrigar estes jovens da melhor maneira possível e vamos trabalhar para resolvermos os entraves de forma saudável e esclarecedora”, disse.
O secretário de Assistência Social, Gilmar Pollum, explicou que ter um abrigo institucional é importante para garantir os direitos destas pessoas quando sofrem algum tipo de abuso, por exemplo. “Existe inclusive um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público que compromete a Prefeitura a ofertar este espaço, que é o lugar onde as crianças estão protegidas e recebem a estrutura necessária quando não há mais onde ficarem”, afirmou.
O Ministério Público, órgão que atua em defesa da criança e do adolescente, esteve representado pelo promotor de Justiça Mateus Azevedo Ferreira, que frisou que para atender a legislação um novo espaço é fundamental. “É necessário mudar. Conversamos após um tempo então com o Gilmar e o Tomazini, aí surgiu a ideia de construir por ser um programa permanente”, explicou.
Em sua fala, o juiz de direito Felipe Nóbrega salientou que momentos de aproximação entre os órgãos envolvidos e a comunidade ajudam a esclarecer a função do abrigo. “O local tem objetivo de ser uma casa para essas crianças que foram afastadas de seus lares por motivos variados. Ter uma estrutura que seja realmente um lar, pois muitas delas chegam com menos de dois anos de idade e permanecem por outros dois anos ali. É mais da metade da vida delas”, comentou.
Comunidade
Moradores das imediações do terreno onde está prevista a construção do abrigo institucional se reuniram e apresentaram suas objeções ao projeto. Foi possível que 10 deles falassem seus anseios abertamente às autoridades, sendo que uma conselheira tutelar e uma assistente social também tiveram esta oportunidade.
“A opinião e a realidade de cada um será analisada antes da Prefeitura chegar à decisão de construir ou não o abrigo neste terreno. Iremos ponderar todos os prós e contras, respeitando os direitos supremos da criança e do adolescente, mas viabilizando uma situação da forma mais positiva possível para todos os envolvidos”, concluiu o prefeito.