ADJORI emite Nota de Repudio por fala do presidente da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho SC

ADJORI emite Nota de Repudio por fala do presidente da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho SC

Nota de Repúdio
Ao descabido ataque ao Jornalismo Impresso

Em recente sessão da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho foi colocado em votação um requerimento solicitando informações sobre a publicação de editais que são obrigatórios por parte da administração pública.

No debate sobre o tema, o presidente da Casa Legislativa Municipal, vereador Rodrigo dos Santos, declarou que os jornais impressos estão com os dias contados e que não vê nenhuma necessidade nesse tipo de veículo de comunicação.

A associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina, que reúne 106 empresas jornalísticas associadas, das quais 89 atuam no meio impresso e digital, vem a público repudiar veementemente a deslegitimação de um importante segmento econômico e social representado pelo Jornalismo Impresso.

Por certo o nobre vereador desconhece que o papel usado nesse meio é fruto de uma gigantesca e próspera indústria de reflorestamento sem falar de outros tantos elos que se somam à cadeia de produção de um jornal impresso, gerando renda, empregos e impostos.

Certamente o nobre vereador não desconhece o papel fundamental e inigualável do jornal local e regional na manutenção dos costumes, das tradições e da essência cultural de um município, de um Estado, de um país.
Ao projetar o fim do jornal impresso, o nobre vereador desconsiderou as centenas de milhares de pessoas que ainda se informam – e apreciam fazê-lo – pela leitura de jornais impressos. Somente os jornais filiados à Adjori/SC respondem, juntos, por uma triagem semanal de 290 mil exemplares, atendendo a 1,8 milhão de leitores por semana, em todos os quadrantes do Estado.

Atentos às demandas da atualidade, nossos jornais também atuam nos meios digitais, mas é o produto impresso que lhes confere identidade, referência, procedência segura das informações que veiculam.

O cinema não morreu quando surgiu a televisão, nem quando vieram as locadoras e as plataformas de streaming. O jornal impresso é e continuará sendo o registro imutável – pois não se permite alterações ocasionais pós impressão – de fatos, feitos, mandos e desmandos de gestões públicas, iniciativas, contratações e destino de recursos provenientes dos impostos dos cidadãos.

Se o clamor da sociedade por mais transparência é crescente e irreversível, que isso se traduza em respeito aos meios que podem trazer luz à Administração Pública em qualquer das suas esferas de Poder.

José Roberto Deschamps,
Presidente da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina

João Vianna

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