Epidemia de diarreia: saiba quando procurar atendimento médico
Infectologista do Hospital Unimed, Cleyton Gregory da Silva, alerta os sinais que indicam a necessidade de procurar um médico
A epidemia de diarreia que atinge Florianópolis já afetou pelo menos 3.049 pessoas até esta quinta-feira (19). A infecção gastrointestinal pode ser acompanhada de náuseas e vômitos, e pode durar de dois a sete dias.
O infectologista do Hospital Unimed, Cleyton Gregory da Silva, alerta que é necessário procurar uma avaliação médica quando o paciente apresentar febre, diarreia que dura mais de dois dias, vômitos intensos que impedem hidratação ou alimentação por via oral.
Além disso, é importante ficar atento às crianças e pacientes com comorbidades, que podem se desidratar mais rapidamente. Caso haja uma fraqueza excessiva, que dificulte as atividades diárias e impeça o paciente de caminhar, também são sinais para ir ao médico.
“Muitos desses pacientes podem precisar de tratamento intravenoso, hidratação intravenosa, e não somente tratamento por via oral”, explica o infectologista.
Em relação à janeiro de 2022, os primeiros dias de 2023 trouxeram um aumento de 200% de casos de infecção gastrointestinal, tanto em pacientes adultos quanto pediátricos.
As causas para essa infecção são várias, desde causas virais até infecções por alimentos, como salmonela e Shigella. Os sintomas são variados, diz o infectologista, mas habitualmente há dor abdominal, sensação de mal estar, náusea, vômitos e diarreia que pode ser líquida ou ter um aspecto mais pastoso.
“Pode ter muco ou sangue nas fezes e febre. Esses últimos sinais são sinais de gravidade, que indicam a necessidade de avaliação médica”, destaca.
A duração dos sintomas também varia, sendo geralmente de dois a três dias, podendo ir de cinco a sete dias. “Mas há relatos de pacientes com dor abdominal, diarreia e vômitos durando mais de uma semana.”
Prevenção
A transmissão de muitos dos vírus é rápida e pode acontecer por meio de contato direto com alguém infectado, por instrumentos e a contaminação de alimentos.
Por isso é importante tomar cuidado com o que é compartilhado. “Uma pessoa infectada pode liberar o agente infeccioso pelas fezes, quanto pode contaminar as mãos ao tocar nas superfícies e propagar a infecção. Assim, as toalhas que são utilizadas no banheiro por muitas pessoas ser locais de transmiação”, alerta Gregory da Silva.
Além disso, o infectologista reforça a necessidade de isolar as pessoas com sintomas. “Aquela aglomeração que a gente vê na época do verão, ocupando uma casa com várias pessoas da família: basta uma pessoa para a transmissão desse agente infeccioso ocorrer para as demais de forma extremamente rápida e efetiva.”
Como a transmissibilidade é muito alta, é preciso que o paciente fique no quarto de repouso e de hidrate, principalmente enquanto durar a febre e a diarreia, comenta o infectologista.
FONTE: nd+