EXPORTAÇÕES MOVELEIRAS RECUAM NO PAÍS

EXPORTAÇÕES MOVELEIRAS RECUAM NO PAÍS

E FICAM ESTÁVEIS EM SÃO BENTO DO SUL

         Os desafios enfrentados pelo mercado mundial no ano passado, com recuo nas importações em todos os blocos econômicos de relevância para o setor moveleiro nacional, se refletiram nas exportações de móveis. As vendas internacionais das indústrias brasileiras do setor registraram uma queda de 7,6%. Foram exportados US$ 962 milhões em 2022.

         É preciso considerar que a comparação ocorre sobre uma base elevada, de 2021, quando foram alcançados resultados históricos de US$ 1,041 bilhão. As exportações de móveis de Santa Catarina, que somaram US$ 348 milhões em 2022, reduziram 5,9% sobre o ano anterior. O Estado lidera o ranking nacional, com 36% de participação. Na sequência vêm Rio Grande do Sul (27%), São Paulo (16%) e Paraná (15%).

         O polo moveleiro de São Bento do Sul, apesar do comportamento do mercado internacional, conseguiu se manter estável. As exportações de móveis de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre tiveram um declínio de apenas 0,25%, somando US$ 190 milhões. Juntos, os municípios exportaram 55% dos móveis de Santa Catarina e 20% do Brasil.

         São Bento do Sul, em particular, foi uma exceção positiva. As indústrias venderam US$ 132 milhões em móveis ao mercado internacional; um resultado 2,8% superior a 2021. As indústrias do município foram responsáveis por 38% das exportações catarinenses e 14% das exportações brasileiras de móveis, o que mantém São Bento do Sul na liderança nacional. Bento Gonçalves (5%) e Caçador (5%) são as próximas cidades do ranking.

         Campo Alegre, em 5º lugar entre os maiores exportadores de móveis do país, registrou redução de 4% e somou US$ 38 milhões em vendas. Em Rio Negrinho, que ocupa a 8ª posição nacional, a queda foi mais acentuada. Chegou a 22%, com US$ 19 milhões em exportações no ano passado.

         Para o presidente do Sindusmobil, entidade que representa as indústrias moveleiras, a confiança conquistada pelos clientes internacionais, a flexibilidade de produção e a competitividade das empresas são fatores fundamentais para a manutenção e conquista de novos mercados. “A ampla experiência e o cumprimento dos requisitos técnicos de qualidade e entrega têm se transformado em negócios duradouros e em permanente crescimento”, avalia Luiz Carlos Pimentel.

João Vianna

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