Câmara aprova o repasse da Promosul para a prefeitura
Os vereadores de São Bento do Sul discutiram e aprovaram o Projeto de Lei, que dispõe da desapropriação e aquisição da Fundação Promotora de Eventos de São Bento do Sul – Promosul por parte da Prefeitura. O prefeito Tomazini – PSDB, prestigiou a sessão.
Após essa aprovação a prefeitura vai realizar uma concorrência pública para terceirizar a gestão da Promosul. O referido projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores.
O executivo vai desembolsar o equivalente a R$ 1,3 milhões, para um patrimônio no valor contábil de R$ 47,5 milhões, e valor imobiliário de R$ 22 milhões. A transação foi amigável e com aval do Ministério Público.
Na ocasião, o empresário Frank Bollmann, vice-presidente da Promosul, fez um resumo da trajetória da Promosul, desde sua fundação, há 27 anos, mostrando aos vereadores e presentes no Legislativo, a pujança do empresariado da cidade.
Frank ao iniciar seu pronunciamento, lembrou que a diretoria da Promosul, muitas vezes foram “atacados”. Os números que apresentou, é uma prova que a Promosul impulsionou a economia na indústria, comércio e serviços, que foi o foco principal da sua criação.
O empresário citou os 64 contribuintes (empresários) que iniciaram apoiando o projeto de sua criação. Hoje os principais contribuintes são a Tuper e a Condor.
Entre os eventos realizados no local, estão feiras como a Móvel Brasil, Feistock, entre as centenas de outros. Mas um dos maiores eventos foi sem dúvida a realização dos Jogos Abertos de Santa Catarina – Jasc – 1996, que contou com o atleta do século, Pelé.
O presidente da Promosul, Osmar Mühlbauer, parabenizou os vereadores e destacou o trabalho de Frank Bollmann.
A vereadora Terezinha Dybas – PSDB, falou da importância do projeto aprovado, destacando ainda, sobre os eventos realizados na Promosul, que além de trazer turistas e visitantes, contribuiu para incrementar a economia local.
A vereadora Carla Hofmann – PSD, lembrou que a prefeitura não estava adquirindo a Fundação e somente o Pavilhão da Promosul, mesmo assim tem alguns que “jogam apenas para a torcida”, e a cidade não podia perder esse patrimônio. “Sem falar que o parque que deverá ser criado no local vai beneficiar a todos”, concluiu.
Os vereadores Chicão – PP e Dr. Darlan – Cidadania, da mesma forma destacaram a importância do pavilhão de eventos, que nesses anos todos contribuiu para a nossa economia e valorização das empresas do município. O vereador Sabino, mesmo dizendo que ainda existindo dúvidas sobre o projeto, votou favorável. A veredora Zuleica – PP, destacou a importância da Promosul, falando sobre os mais de 360 eventos lá realizados qeu marcaram a vida de muitas pessoas.
Promosul em números
O empresário Frank Bollmann, apresentou os números referentes aos 27 anos da Pomosul, onde o pavilhão eventos sediou 367 eventos, com um total de público de negócios de 546 mil e 1,7 milhão de visitantes e turistas. Gerando nesses anos, R$ 843,24 milhões. O pavilhão tem 15.500 mil m² de área construída, e uma área total de 143 mil m2.
Com uma estimativa de receita com locações de espaços e montagem de stands para as feiras, exposições, shows e demais eventos, no total de R$ 710,10 milhões.
Estima-se ainda, que os eventos realizados na Promosul ao longo destes 27 anos, proporcionaram para empresas expositoras, fornecedores, comércio e turismo local, centenas
de milhares de reais em negócios, além de gerar um incremento na arrecadação de impostos para o município.
Terceirização
O próximo passo após a prefeitura de São Bento do Sul, receber esse patrimônio, será lançar uma chamada pública, para as empresas interessadas em administrar e gerenciar o pavilhão.
Segundo informou o assessor de governo municipal, Luiz Novaski, uma minuta de contrato já está em fase final de conclusão, e que após o aval do Tribunal de Contas, deverá ser publicado o edital aos interessados em participar da chamada pública.
E para que o pavilhão possa ficar mais atrativo, digamos, todos sabem que precisa fazer a acústica e trocar o telhado entre outras reformas. A pergunta que fica é a seguinte, quem vai arcar com esses custos que devem passar fácil de R$ 7 milhões.
Mas até isso acontecer, a prefeitura terá que se responsabilizar pelos custos de manutenção, inclusive com a segurança, e claro com o dinheiro do contribuinte.
A outra questão é quanto ao parque de lazer que a prefeitura pretende criar nos arredores do pavilhão. Acredito que para isso deverá buscar recursos nas esferas federal e estadual.
Temos que reconhecer que esse patrimônio é muito grande em valores econômicos, pois com sua área de mais de 140 mil metros quadrados ao lado da SC-418, e a 100 quilômetros da grande Curitiba e outras regiões é positivo. Sem falar que deve manter a realização dos grandes eventos já programados para este ano.