‘Cometa verde’ passará pelo céu de Santa Catarina; confira data, horário e como observar
Cometa foi descoberto por astrônomos em março de 2022 e registrado pela câmera acoplada ao telescópio Samuel Oschin, que fica no Observatório Palomar, na Califórnia
Após 50 anos, o cometa ZTF (C/2022 E3) volta a passar pela órbita terrestre e será visível no Brasil a partir desta quarta-feira (1º). O corpo celeste, chamado de cometa verde, deve permanecer localizável no céu até o dia 10 de fevereiro.
A passagem do ‘cometa verde’ será possível transmitida pelo canal ‘The Virtual Telescope Project’, no YouTube, às 1h de quinta-feira (2). Também será possível acompanhar a passagem do cometa por uma live no canal do ON (Observatório Nacional), às 19h do dia 11 de fevereiro. Nela, serão transmitidas imagens registradas por astrônomos tanto amadores quanto profissionais.
Como observar o cometa em SC
O ND+ conversou com o astrofísico, Alexandre Zabot, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) no último mês de janeiro, que explicou as maneiras de observar o ZTF.
“Ele fica o tempo todo em órbita do Sol e, a partir de fevereiro, se aproxima mais da Terra, favorecendo a visualização, pois nos parece mais brilhante, ele ainda está muito no hemisfério norte, mas se deslocando para o hemisfério sul”, disse.
Zabot explica que “em geral, o cometa é visível só com binóculos. A grande maioria dos cometas não é visível a olho nu, porém, ainda não há certeza em relação a esse caso”.
Questionado se mesmo em um local sem a incidência da iluminação das grandes cidades será possível observar a olho nu, o astrofísico explicou que “mesmo contando com um céu bem escuro, a observação está além da nossa capacidade visual”.
“O brilho dos cometas é o resultado da interação do gás desse corpo celeste com o sol. O gelo é evaporado e se houver uma grande liberação de gás nessa evaporação, pode ter um brilho maior e acabar sendo visível. Mas isso depende da dinâmica do aquecimento do material, algo bem difícil de prever. Se tivermos sorte, o cometa pode acabar ficando muito brilhante, mas não é o usual”, explicou Zabot.
FONTE: nd+