De parada tropeira a cidade acolhedora: Papanduva completa 71 anos

A história de Papanduva começa ainda no século XVIII, quando tropeiros gaúchos cruzavam a região em direção à Feira de Sorocaba (SP), pelo “Caminho das Tropas”. O local, repleto da planta papuã, era ponto de descanso para homens e animais. O nome “Papanduva” nasceu da junção de “papuã” com o sufixo indígena “duva”, que significa “muito”.
A ocupação definitiva teve início em 1828, com famílias vindas do Paraná, como os Bueno, Amora, Tabalipa, Mendes e Furtado. Elas impulsionaram a pecuária, a agricultura e a extração de erva-mate. A partir de 1880, imigrantes poloneses e ucranianos também chegaram, buscando paz e oportunidades, trazendo consigo fé e tradições que enriqueceram a cultura local.
Papanduva também tem ligação com a Guerra do Contestado. O Monge João Maria passou pela região, deixando seu legado espiritual e cultural. Décadas depois, a chegada de imigrantes japoneses trouxe inovação para o campo, com novas técnicas agrícolas e uma contribuição cultural visível até hoje.
Com 764 km², Papanduva mantém forte vínculo com o campo. A agropecuária segue como principal atividade econômica, sustentando a conexão da cidade com a natureza e a sustentabilidade. Além disso, o município se destaca pelas belezas naturais, como rios, trilhas, paisagens e o calor humano de sua gente.
Antes de se tornar cidade, Papanduva era distrito de Canoinhas. Sua emancipação veio pela Lei Estadual nº 133, em 1953, sendo instalada oficialmente em 11 de abril de 1954. Hoje, abriga cerca de 19,6 mil habitantes, celebrando mais de sete décadas de uma trajetória marcada por trabalho, cultura e hospitalidade.