Em Videira, homem que nutria paixão obsessiva é condenado por duas tentativas de homicídio e lesão corporal
O fato aconteceu em um templo religioso, em junho de 2021. O réu praticou crimes contra três pessoas: a mulher que dizia amar, o namorado e a irmã dela. Ele usou um facão durante a ação e foi contido por outras pessoas.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem que ameaçou e posteriormente tentou matar uma mulher e o namorado dela com uma faca, e ainda atacou a irmã de uma das vítimas. O Juízo fixou a pena em 12 anos em um mês de reclusão em regime fechado, mais três meses de detenção em regime aberto, além do pagamento de 15 dias-multa.
O caso aconteceu em Videira. O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa atuou na sessão do Júri e o Conselho de Sentença reconheceu os crimes de ameaça, tentativa de homicídio triplamente qualificado contra a mulher (condição do sexo feminino, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa); tentativa de homicídio qualificado contra o companheiro dela, para assegurar a execução de outro crime; e lesões corporais contra a irmã dela.
De acordo com os autos, o réu Charles Maia Amazonas nutria um sentimento obsessivo pela mulher, mas não era correspondido. Então ele ia até um templo religioso para ameaça-la física e psicologicamente, com olhares, gestos e perguntas constrangedoras. Isso aconteceu várias vezes durante o ano de 2020.
Segundo a denúncia, em 13 de junho de 2021 o réu foi novamente à igreja com um capacete e um facão para matar a mulher. O crime só não foi consumado porque ela conseguiu fugir a tempo de escapar dos golpes e foi protegida por terceiros. Nesse contexto, sua irmã segurou uma porta para tentar impedir a passagem do réu e foi agredida, sofrendo cortes na boca e na mão esquerda e entorse no tornozelo. Por fim, seu namorado tentou conter Charles e acabou sendo atingido no pescoço com um golpe de facão, mas também foi protegido por pessoas que estavam na rua.
O réu foi preso em flagrante, teve a prisão convertida para o regime preventivo na audiência de custódia e aguardou o julgamento recluso. No Júri, o Juízo manteve a prisão preventiva.
“Os homicídios não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade dele, afinal, outras pessoas defenderam o casal de namorados, mesmo diante de uma arma branca. Ainda assim, uma jovem acabou sofrendo lesões corporais ao tentar defender a irmã. A condenação traz alívio para a sociedade de Videira, que não tolera a prática de crimes contra a vida”, diz o Promotor de Justiça Lucas Broering Correa.
Foto: O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa atuou na sessão do Júri
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social – Correspondente Regional em Lages