ENTIDADES ALERTAM PARA A SITUAÇÃO

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CRÍTICA DOS PORTOS CATARINENSES

A situação crítica dos portos catarinenses, que vem afetando diretamente a cadeia logística e as operações de comércio exterior, está movimentando a atuação das entidades empresariais. A FIESC – Federação das Indústrias de Santa Catarina cobrou essa semana reunião emergencial para buscar soluções. A solicitação foi enviada ao vice-presidente da República e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, à ANTAQ, ao Ministério dos Portos e à bancada federal do Estado.

“Nestes últimos meses, questões como o fechamento do canal da Barra do Rio Itajaí-Açu em função das chuvas; a paralisação das operações no Porto de Itajaí, que se estende há mais de um ano; as obras de ampliação nos Portos de Navegantes e Itapoá, além da operação-padrão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) têm gerado aumento dos custos de frete e armazenagem, onerando e dificultando o cumprimento dos contratos internacionais”, alerta Mario Cezar Aguiar, presidente da FIESC.

Na região, o setor moveleiro vem sofrendo com as dificuldades de escoamento das exportações. “As empresas estão estocando produtos fabricados, o que amplia os custos e compromete o capital de giro. Além disso, os contratos com os clientes internacionais deixam de ser honrados, o que pode interferir nas relações comerciais futuras e atinge diretamente a credibilidade econômica do Brasil no mundo”, avalia Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindusmobil, o sindicato das indústrias moveleiras de São Bento do Sul.

No ofício às autoridades, a FIESC contextualiza o cenário atual e mostra os desafios que o setor produtivo têm enfrentado. A operação padrão em curso pelo MAPA vem comprometendo as operações portuárias, enquanto a Autoridade Portuária do Porto de Itajaí não atende os parâmetros mínimos de navegação. Destaca-se que Santa Catarina responde por cerca de 21% da movimentação brasileira de contêineres.

A entidade empresarial lembra ainda que a paralisação das operações do Porto de Itajaí se estende há mais de um ano, sem que se vislumbre uma solução razoável no curto prazo. A adequação de calado, tanto da Baía da Babitonga quando do Rio Itajaí-Açu, é outra situação preocupante para o futuro próximo, já que são fundamentais para operação de navios com maiores dimensões que irão operar na costa brasileira.

A FIESC, no ofício às autoridades federais, chama a atenção para o fato de não se tratar de demandas de apelo regional, mas nacional. Afinal, afeta a cadeia logística do país, principalmente na movimentação de produtos de valor agregado, comprometendo a competitividade e a maior e melhor inserção do Brasil no mercado internacional.

João Vianna

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