Farra das diárias e viagens: Câmara de Major Vieira gastou mais de R$ 551 mil em diárias e viagens: vereadora Vilma Muller Kiem é destaque nos gastos
Nos últimos anos, a Câmara de Vereadores de Major Vieira tem sido alvo de críticas e questionamentos devido aos elevados gastos com diárias e viagens bancadas com o dinheiro público. Entre 2017 e 2024, o montante desembolsado para esses fins ultrapassou R$ 551 mil, gerando desconforto entre os moradores e no meio político local.
O que chama a atenção é o destaque de uma única vereadora nesse cenário. Vilma Muller Kiem, que nunca ocupou o cargo de presidente do legislativo, aparece como a vereadora com os maiores gastos: mais de R$ 80 mil foram destinados a diárias e viagens realizadas por ela nesse período. Além disso, há os valores destinados às inscrições em cursos que não estão contabilizado com estes R$ 551 mil, sendo que no periodo de 2012 a 2016, foram gastos menos de R$ 87 mil entre todos os vereadores, o que levantou ainda mais dúvidas e críticas.
A polêmica ganha ainda mais força pelo fato de Vilma Muller Kiem ser candidata a vice-prefeita de Aline Ruthes em Major Vieira nas eleições de 2024. Nos bastidores da política local, há quem comenta que os altos gastos públicos podem ser um reflexo das movimentações estratégicas para sua campanha. O uso recorrente das palavras públicas para viagens, sem uma justificativa clara, gerou questionamentos sobre a real necessidade de tais deslocamentos e capacitações, especialmente em um cenário econômico difícil para muitos municípios brasileiros.
O Planalto Norte já teve problemas com diárias e cursos.
Muitas vezes alguns suposto cursos realizados por vereadores levantam suspeitas, chegando aos olhos do Ministério Público. Em 2018, A Polícia Civil indiciou 38 vereadores e servidores públicos de Rio Negrinho e São Bento do Sul, no Norte catarinense, em suspeita de fraude. Conforme a investigação, eles se inscreveram em cursos, não foram às aulas e ficando com o valor das diárias de viagem. Um parlamentar chegou a ficar com mais de R$ 75 mil. Esta prática de gastos, tem sido proibido pela justiça em algumas Câmaras. Vereadores e servidores das Câmaras de Rio Negrinho e São Bento do Sul se inscreviam em cursos de qualificação organizados por três empresas do Paraná na época.