Greve dos Correios afeta Florianópolis e São José; veja detalhes
Principal reivindicação é a contração de mais efetivo; trabalhadores farão novas manifestações nesta quinta-feira (2)
Os funcionários dos Correios de Florianópolis iniciaram uma greve a partir desta terça-feira (31). A principal reivindicação é a contratação de efetivo, já que atualmente são 12 profissionais no Centro de Distribuição em Santa Mônica, sendo que há quatro anos o número era o dobro.
Segundo presidente do Intect/SC (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina), Helio Samuel de Medeiros, 80% dos trabalhadores entraram em greve, sem previsão do término da paralisação.
A manifestação se estende a São José a partir desta quinta-feira (2). “Amanhã vamos estar na frente do CDD Norte, no Santa Mônica, e no CDD de São José, com os trabalhadores sem entregar as correspondências”, afirmou o presidente do sindicato.
Ainda conforme Medeiros, “até 4 anos tínhamos em torno de 25 a 30 trabalhadores nessa unidade. Hoje contamos com 12 trabalhadores para fazer o mesmo trabalho, ou melhor, ainda mais trabalho. Aumenta a quantidade de trabalho e diminuiu o efeito”, reitera.
O sindicato pede que sejam contratados ao menos seis trabalhadores, de forma efetiva ou temporária.
Além disso, correspondências como o IPTU, com vencimento para dia 5 de janeiro e dia 20 de fevereiro ainda não foram entregues, segundo o presidente do Intect.
A Superintendência Estadual dos Correios de Santa Catarina informou que a empresa está “avaliando pontos de melhorias a serem empreendidas nas rotinas operacionais no Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) Florianópolis Norte, localizado no bairro Santa Mônica”.
Sobre as entregas, a empresa afirma que “já tomou todas as providências contingenciais necessárias para garantir a qualidade dos serviços de distribuição, como o remanejamento de empregados de outras unidades, a realização de horas extras e plantões aos fins de semana”.
O presidente do sindicato diz que “a demanda está gigantesca” e é precisos “parar de usar a lógica de que a culpa é do carteiro”. Segundo ele, “está bem claro que a culpa não é do trabalhador. Nós queremos o melhor para o trabalhador e para a sociedade. Tendo melhores condições de trabalho, melhor serviço nós prestaremos”, finaliza.
FONTE: nd+