Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lança a Campanha Junho Violeta para Conscientização sobre Violência contra a Pessoa Idosa

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lança a Campanha Junho Violeta para Conscientização sobre Violência contra a Pessoa Idosa

Brasília, 27 de junho de 2024 – O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), lançou a campanha Junho Violeta, em parceria com a Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM/MDHC). A iniciativa visa alertar a sociedade brasileira sobre a conscientização de todas as formas de violência contra a pessoa idosa.

A mobilização ocorre durante todo o mês de junho, em alusão ao Junho Violeta. Em 15 de junho, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data instituída pela Organização das Nações Unidas em 2011, com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o enfrentamento à violência contra a pessoa idosa.

Nesta semana, nos dias 25, 26 e 27 de junho, a Associação Multicultural Panaceia Teatro e Cinema está em cena com sua nova peça teatral “Respeitem meus cabelos brancos”. A peça é estrelada por Robson Rodrigues, ator, diretor e produtor com mais de 30 anos de atuação na região. Rodrigues destaca que é muito doloroso estudar e montar tramas que envolvam a violência e abusos sofridos pelos idosos. “Os números assustam e impressionam”, afirma.

Robson Henrique, técnico de som e luz na peça, compartilha que o choro nos ensaios vinha fácil e que todos precisam estar atentos e cooperar para que os idosos tenham uma vida plena e segurança total.

Tipos de violência

Entre os principais tipos de violência cometida em 2023 estão a negligência ou abandono (87,6%), a violência psicológica (84,8%), a violência patrimonial (76,7%) e a violência física (75,4%). A maioria absoluta dos abusadores tem ligação parental com as vítimas, sendo, em grande parte, os próprios filhos, segundo pesquisas.

Tatiane Andreza Katzer, coordenadora do CRAS Piên, comenta sobre a importância de usar a arte para despertar as pessoas sobre seus direitos e trazer à luz a verdade de que as vítimas não estão sozinhas. “Existe toda uma rede de apoio e um Estatuto inteiro para dar proteção à pessoa idosa”, afirma Tatiane.

Ao final de cada sessão da peça teatral, ocorre um debate sobre o tema e uma conversa acolhedora, com o cuidado e atenção que o tema merece. A plateia, composta por muitos idosos, sai muito sensibilizada das apresentações. Depoimentos, perguntas e trocas ocorrem naturalmente, dando um significado especial à campanha Junho Violeta.

“Arte e assistência social sempre formam boas parcerias”, conclui Rodrigues.

João Vianna

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