Obras do Centro de Inovação avançam após anos de imbróglios
Após quase uma década desde o seu início e aproximadamente cinco anos de paralisação, as obras de conclusão do Centro de Inovação do Planalto Norte estão em andamento. O prefeito Antonio Tomazini, o secretário de Planejamento e Urbanismo, Bruno Seefeld, o diretor de Planejamento Estratégico Urbano, Marcelo Milla, e o engenheiro civil da Prefeitura, Rodrigo Schreiner, realizaram uma vistoria no local para acompanhar de perto o progresso dos trabalhos.
De acordo com o prefeito, essa obra é de extrema importância e a administração municipal empenhou todos os esforços para que ela seja concluída, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento das atividades voltadas para o fortalecimento do setor econômico regional por meio da tecnologia. “No Centro de Inovação teremos um espaço de serviços para incentivar a cultura de inovação nas empresas da região e conectar startups e empreendedores, um trabalho conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bento, e apoio do ecossistema regional, visando estimular e coordenar diversos programas e projetos”, destacou.
A obra foi retomada no início do mês de março e até o momento, foram realizados todos os serviços preliminares previstos, como a limpeza e o cercamento do terreno, limpeza da obra, mobilização e implantação do canteiro de obra, ligações de água e energia elétrica, entre outros serviços. Atualmente, estão em andamento diversas frentes que envolvem a infraestrutura do terreno e da edificação, como as redes externas e internas de instalações de água, esgoto, drenagem pluvial, prevenção contra incêndios, instalações elétricas e lógicas, entre outras, além de serviços de regularização de revestimentos de pisos, paredes e lajes de forro, entre outros.
De acordo com Rodrigo Schreiner, engenheiro fiscal da obra na atual fase de execução, também vem sendo feitas várias verificações, adequações e reparos em serviços/instalações que já estavam parcialmente executados, a partir das fases anteriores de execução.
“Devido ao histórico bastante complicado da obra, que permaneceu inacabada e paralisada nos últimos anos, tal preocupação e medida são fundamentais para garantir a integridade e segurança da edificação. São mais de 2.400 m² de área construída, num prédio com estrutura e instalações bastante complexas, que ficaram inacabadas e expostas ao tempo. Por isso, um amplo trabalho de inspeção e perícia técnica está sendo feito para verificação de eventuais problemas na parte estrutural e na parte de instalações, que já foram executadas em etapas anteriores. Tudo isso exige muita precaução e cautela de nossa parte”, explicou Rodrigo.
A preocupação, desde o início dos trabalhos de revisão técnica de projetos e orçamento da obra, realizado ao longo do ano passado, era com a questão estrutural do prédio como um todo, mas principalmente na laje de cobertura. “Como ela ficou exposta por anos à ação do tempo, algumas patologias importantes foram observadas, principalmente relacionadas a infiltrações e umidade. No entanto, acreditamos que são problemas pontuais, que não comprometem a integridade e segurança da edificação, e que são perfeitamente tratáveis e contornáveis. De qualquer forma, vamos aguardar o laudo técnico do engenheiro perito. Estamos acompanhando de perto a realização das inspeções e análises, e vamos orientar nossa tomada de decisão para as providências necessárias a partir do laudo pericial”, complementa.
Após a perícia do local, as equipes de trabalho seguirão de imediato para os serviços de reparos, tratamento de patologias e impermeabilização da laje de cobertura com manta asfáltica e proteção mecânica com camada de contrapiso impermeabilizante, a fim de cessar definitivamente as infiltrações. A previsão é de dar sequência na parte de infraestrutura de todas as instalações internas e externas, bem como seguir com os serviços de revestimentos de pisos e paredes, entre outros serviços.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Andréa Tamanine, outras regiões do Estado já contam com os Centros de Inovação e mostram de forma prática o impacto positivo destes ambientes para empreendedores e para o próprio município. “Lages é um exemplo, com mais de R$ 15 milhões faturados pelas empresas que estão instaladas no espaço, e R$ 193 milhões faturados pelas empresas do ecossistema que estão conectadas com o Centro de Inovação de lá”, comentou.
Imbróglios – No ano de 2014 foi dado início às obras do Centro de Inovação em São Bento do Sul, sendo paralisada em 2015, por conta de divergências e dificuldades na execução da obra pela empresa responsável. Após ajustes, os trabalhos foram retomados em 2018, porém, novamente a empresa vencedora da licitação não conseguiu finalizar o contrato firmado, paralisando a obra em 2019.
Em 2021 e 2022, após vistorias técnicas do Governo do Estado e também com diversas adaptações realizadas foi possível finalizar o projeto. Uma nova licitação foi realizada no dia 26 de janeiro de 2023, com contrato firmado entre a empresa OMS Engenharia para retomada dos trabalhos. Ao todo, serão mais de R$ 7 milhões para concluir toda a obra, através de convênio com o Ministério do Trabalho e Governo do Estado.