Quinta vítima de feminicídio no Planalto Norte de SC foi morta um dia depois do aniversário

Quinta vítima de feminicídio no Planalto Norte de SC foi morta um dia depois do aniversário

A mulher de 44 anos foi atingida por um disparo de arma de fogo no rosto; o suspeito é o companheiro da vítima

Cinco feminicídios em menos de três meses. Os números escancaram a violência contra a mulher no Planalto Norte de Santa Catarina, onde cinco mulheres foram mortas pelos atuais ou ex-companheiros em 2023.

A última vítima foi Zenilda Ribeiro Pape, encontrada morta na última sexta-feira (17), um dia depois de completar 44 anos, em Monte Castelo, em mais um caso investigado como feminicídio.

Ao lado dela, que foi atingida por um disparo de arma de fogo na região do rosto, estava o corpo do então companheiro, Aldir Steidel, de 52 anos. Ele teria se suicidado após matar Zenilda.

Segundo o delegado Lucas Neuhauser Magalhães, os dois namoravam há cerca de um ano e não havia registros de brigas entre o casal. Porém, há indícios de que ela tenha rompido a relação momentos antes do crime.

Os corpos foram encontrados por um dos filhos de Zenilda na casa dela, junto à arma que pertencia a Aldir. Um laudo ainda deve apontar a hora da morte, além de outros detalhes necessários à investigação.

Planalto Norte registra cinco feminicídios em menos de três meses

Além de Zenilda, outras quatro mulheres foram vítimas de feminicídio no Planalto Norte de Santa Catarina em 2023. A região é a que concentra o maior número de casos desse tipo de crime neste ano no Estado.

Além de Zenilda, outras quatro mulheres foram vítimas de feminicídio no Planalto Norte 

O primeiro feminicídio do ano ocorreu já no dia 2 de janeiro, em São Bento do Sul. Lucimar de Góes Couto, 44 anos, foi atingida por golpes de faca pelo ex-companheiro. O homem fugiu levando a filha do casal e se envolveu em um acidente de trânsito, tendo sido preso em seguida.

Na noite do mesmo dia 2 de janeiro, outra mulher foi assassinada pelo ex-companheiro, desta vez em Canoinhas. Magali Oliveira, de 40 anos, foi encontrada pela própria mãe agonizando na casa onde morava. Ela tinha ferimentos no pescoço e não resistiu aos ferimentos. O homem fugiu e cometeu suicídio.

Em 21 de janeiro, outro caso foi registrado em Mafra. Laci Aparecida Padilha Mastey, 51 anos, e o marido, Luis Mastey, 58, foram encontrados sem vida na casa da família. De acordo com a Polícia Civil, a mulher queria que o homem deixasse a casa onde viviam e estaria em outro relacionamento.

Já no dia 4 de março, em Porto União, Lucimara Cordeiro Schneider, de 46 anos, foi encontrada morta atingida por um disparo de arma de fogo dentro de um veículo. O suspeito, seu ex-namorado, estava no banco do carona e segurava uma arma. Ele também tinha um ferimento na cabeça e morreu tempo depois.

Fonte NDmais

João Vianna

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