Saúde alerta para cuidados com a desidratação

Com as temperaturas elevadas no verão são-bentense, a população deve ficar atenta a um inimigo do corpo humano em dias quentes: a desidratação. De acordo com dados levantados pelo SAMU do município, 50% das ocorrências relacionadas aos casos clínicos nesta época estão relacionados com a desidratação. 

Pode parecer algo inofensivo, mas uma pessoa desidratada e com comorbidades, como hipertensão e diabetes, pode ter mais chance de ter um AVC, por exemplo. De acordo com Giovani Mateus Prass, coordenador de Saúde Mental do Centro de Atenção Psicossocial de São Bento do Sul (CAPS), a desidratação pode contribuir para o surgimento ou agravamento de doenças mentais. ”Um sintoma muito comum de desidratação são as alucinações, auditivas e visuais, muitas vezes confundidas com os quadros de esquizofrenia”, relatou. 

Ele alerta para que a população fique atenta aos sintomas, sem descartar a possibilidade de ser um episódio de desidratação. “Algumas pessoas se queixam de dores físicas, desmotivação, ansiedade, depressão e problemas de saúde em geral. Em 95% dos casos, elas tentam acabar com o sintoma (dor), mas não tratam a causa, que pode ser a desidratação, por exemplo”, destacou. 

Se hidrate

Diariamente e, principalmente, nos dias de veraneio, é imprescindível a ingestão de água, mas, segundo Edileuza da Costa, técnica em enfermagem e socorrista do SAMU de São Bento do Sul, há outros meios de hidratação, como a água de côco, frutas, como melancia, morango e laranja, e outros alimentos. “Um pouco de açúcar e gordura também hidrata”, relatou.

Faixa-etária

Crianças e idosos são os grupos que desidratam facilmente, por isso, o cuidado com eles deve ser redobrado. Edileuza pede que a família observe os sintomas, que quando estão avançados, ficam ainda mais visíveis. “A pele da pessoa fica mais acinzentada e quente, o que pode ser confundido com febre. Ela também pode ter dor de cabeça, diarreia e vômito”, afirmou.

Se um familiar apresentar estes sintomas, a socorrista pede que ele seja levado a um posto médico ou que o SAMU seja contatado para prestar atendimento ou somente sanar dúvidas pelo 192. “Às vezes acham que precisam nos ligar só quando tem alguma ocorrência, mas também estamos disponíveis para tirar dúvidas pelo telefone”, disse Edileuza.